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MAIO de 2024

QUEREMOS A PAZ â€‹

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“Dizem: Paz, paz – quando não há paz.” Palavras de algum filósofo modernista? Não. Foram proferidas por um profeta do VII século antes de Cristo, ou seja, há quase 2.600 anos, de nome Jeremias. Não há dúvida que, pela sua atualidade, a frase podia ter surgido nos dias de hoje. Pois hoje os povos querem paz e seus líderes preparam a guerra, alegando de parte a parte que as intenções e os preparativos bélicos dos outros os obrigam a fazê-lo.
 

Não temos o propósito de filosofar aqui sobre essa situação supinamente louca, do mundo de que fazemos parte. Queremos, antes, ocupar-nos de uma paz que está ao alcance de cada um de nós e que a todos interessa: a paz de espírito.
 

Afirmam os entendidos que a pressão alta do sangue, as úlceras no estômago e sabe lá quantas outras enfermidades, provêm, pelo menos em grande parte, da agitação de espírito, da falta de harmonia mental, das neuroses, da intranquilidade de ânimo. Para que tais males sejam sanados importa atacar-Ihes a causa.
 

A Bíblia tem duas expressões altamente significativas: a paz com Deus e a paz de Deus. Examinemo-las. O livro sagrado Fala na paz com Deus como alguma coisa de que temos necessidade, falta, e que podemos alcançar. Estará aí a chave do problema? Será que todos os nossos conflitos, tanto os íntimos como os externos, têm por origem algum antagonismo entre o nosso ser e o seu Criador?
 

É o que a Palavra de Deus ensina claramente. Nossos erros, nossas falhas morais, nosso egoísmo, nossa falta de caridade, são “ofensas” contra o Dono do Universo. Por eles nos constituímos inimigos seus. Quando, porém, depomos as armas e reconhecemos, no Filho de Deus, Aquele que “fez a paz pelo sangue de sua cruz”, a palavra inspirada fala-nos de paz com Deus, que, justificados mediante a fé, devemos agora gozar. Deus está do nosso lado, é nosso Amigo, pronto a cooperar, com todos os seus recursos ilimitados, em nosso novo propósito de levar a efeito seus planos para nossa vida.
 

Temos, portanto, como nunca, motivo para verdadeira tranquilidade de espírito. Posto termo ao conflito fundamental da nossa alma, apodera-se de nós um profundo bem-estar: a paz de Deus. Eis os termos em que o Salvador legou a seus discípulos, na véspera de sua paixão, essa incomparável graça:
 

“Deixo-vos a paz; paz que é minha vos dou. Eu não vo-la dou como a dá o mundo. Não se turbe o vosso coração nem se atemorize.”
 

Não se pode conceber melhor aparelhamento contra os embates da vida do que este: o espírito profundamente imbuído da paz de Deus. Os vendavais açoitem a superfície do mar, levantando momentaneamente grandes vagas; mas, pouco abaixo, as profundezas do oceano conservam se imperturbáveis, e, passada a tempestade, sua influência transmitirá de novo a tranquilidade à face das águas, acalmando-a. Assim é o coração que é possuído pela paz de Deus: as contrariedades e provações apenas lhe remexem a superfície, não perturbam a serenidade de suas profundezas.

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Causa espécie, às vezes, aos não iniciados, a calma de espírito dos amigos de Cristo, nas horas difíceis da vida. Sobrevindo uma crise de doença, reveses financeiros, luto, não se desesperam, não perdem a e cabeça, não se maldizem. Insensibilidade? Não, ao contrário, são as criaturas mais vibráteis sobre a face da terra. Mas a paz de Deus na alma dá-lhes segurança, equilíbrio, estabilidade.


O distinto leitor não desejaria possuir essa paz? Para tanto, basta satisfazer as condições que indicamos acima.
 

Doutrinas da Salvação, no. 20: A PAZ

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